Solucoes

Iniciativas para minimizar ou sensibilizar as pessoas sobre o problema

Apesar dos problemas, algumas soluções já despontam. Empresas especializadas em montagem de computadores estão reaproveitando peças antigas para montar computadores e revender para setores que não necessitam de grande poder de processamento para atuar. Empresas pequenas ou no início de suas atividades também podem adquirir computadores reciclados. Mas a seguir cito algumas experiências interessantíssimas.

A Itautec é um exemplo de como faturar com o e-lixo. No ano passado, ela faturou 195 mil reais com a comercialização de seus equipamentos obsoletos e material usado (referência 3).

O Sebrae está incentivando este novo tipo de mercado para a abertura de novos negócios. Ela cita a experiência de empresas de reciclarem de material eletroeletrônico. Os materiais obtidos da reciclagem dos computadores e outros equipamentos (fios de cobre, metais, vidro etc) viram matéria prima para novos usos pela indústria. O vidro dos monitores, por exemplo, pode virar piso. O entrave para a expansão neste caso é a falta de uma estrutura de coleta dos equipamentos. Ai temos um paradoxo: existe muito lixo para ser reciclado e negócios para serem expandidos ou criados, porém não existe uma coleta regular deste material que forneça a matéria prima para as empresas. Segundo o Sebrae, o principal motivo para isto é a falta de uma regulamentação por parte do governo que obrigue os fabricantes a coletarem o material e encaminharem para a reciclagem. Outro motivo apontado é a falta de divulgação dos serviços de reciclagem, bem como onde o usuário pode levar seu equipamento antigo para um correto descarte.

Outra ação interessante é a do belga Etienne Delacroix, que atua no Brasil desde 2003, e desenvolve um projeto de reciclagem do lixo tecnológico e esteve presente na Campus Party 2008. Uma interessantíssima reportagem que pode ser lida na referência 2.

A CETESB (Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Básico e de Defesa do Meio Ambiente) implantou o projeto TI-verde que visa diminuir o impacto ambiental proveniente dos equipamentos eletrônicos, tanto da própria instituição quanto de outras fontes. Através do credenciamento de empresas de reciclagem e emissão de licenças de instalação e operação, acompanhamento dos índices de reciclagem, balanços de quantidade de lixo, desenvolver campanhas de educação ambiental além de encaminhar seus próprios equipamentos obsoletos para operações internas para doação a instituições direcionadas para a inclusão digital. Outros equipamentos obsoletos serão encaminhados para a reciclagem. Além disto está previsto a criação de um índice de reciclagem que reflitam as quantidades de material reciclado com também os riscos associados aos elementos presentes em tais equipamentos. Outra possibilidade que está em estudo seria a parceria com outros órgãos como o Correios, onde os equipamentos usados poderiam ser entregues para depois serem encaminhados para os devidos locais de reciclagem ou doação.

Metas Projeto TI-Verde

1. Alertar para a problemática do lixo eletrônico;
2. Promover o desenvolvimento da indústria de reciclagem do lixo eletrônico
3. Promover parcerias para Campanha de Educação Ambiental e para coleta dos micros domésticos;
4. Promover o reuso de equipamentos, aumentando seu tempo de vida e reduzindo a quantidade de lixo eletrônico;
5. Promover a Inclusão Digital através do reuso de microcomputadores;
6. Evitar a contaminação ambiental e a saúde pública devido à disposição incorreta do lixo eletrônico.

O IEEE (instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos ) estabeleceu padrões para desempenho ambiental dos computadores pessoais (PCs), notebooks e monitores:

1. Redução/eliminação de materiais prejudiciais ao ambiente como cádmio, mercúrio, chumbo, cromo hexavalente, PVC, etc;
2. Seleção criteriosa dos materiais;
3. Projetar prevendo o fim da vida útil: mínimo de 65% de material reciclável, mínimo de 90% do material reciclável ou reutilizável;
4. Aumentar a longevidade do produto através da expansão do ciclo de vida do mesmo;
5. Prever a possibilidade de atualização (upgrade);
6. Conservação de energia: Energy Star
7. Gerenciamento do final da vida: retorno ao fabricante, auditoria aos parceiros de reciclagem, reciclagem das baterias recarregáveis;
8. Desempenho corporativo: existência de Política Corporativa Ambiental consistente com a ISO 14001;
9. Embalagem: 90% reciclável ou reutilizável .

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